Boas dias, tardes ou noites.

Hoje decidi não escrever sobre solidão.. mas sobre amigos.

Eu por exemplo, conto pelos dedos das mãos quem eu considero amigo. Amigo pra mim não é aquele que me passa na rua e me fala ou que costuma estar no café.. Amigo para mim é aquele que me apoia, me critica, me ajuda nos bons e maus momentos, aquele em quem eu posso confiar, aquele que sabe que eu estou sempre presente quando for preciso. 

Bem meus amigos e conhecidos e desconhecidos.. Aproveitem bem este fim de semana com alegria :)

Música, o meu supremo refúgio

Enquanto caminho.. num rumo sem direcção, a música é a minha eterna companheira... o som da melodia, acompanhado pela letra.. faz de mim um barco de ideias, tentando perceber o que realmente tenho..

Sentado no meu banco, o meu refúgio secundário, aquele espaço enche-se com o vazio que olho em redor, nenhum ruído, nada.. só eu e o vazio... tentando sair de lá, mas impossível de o fazer, pois no vazio já eu estou, habituado ao lado negro da minha vida, o meu ambiente supremo... a solidão.


Para muitos, um bicho de 7 cabeças, para mim um companheiro.

Não tenho medo da solidão, já estou acostumado.. já é demasiado tempo para começar agora a ter medo dela.. Um dia sairei do vazio.. mas enquanto nao o fizer.. é o vazio o companheiro da minha vida.

Num banco do jardim

Sentado no banco de um jardim, numa noite amena, oiço o som da natureza que me rodeia.. Quando de dia há vida humana, de noite há um vazio negro..

Não vejo ninguém, só os carros a vaguear.. O som dos motores desaparecendo... Não há movimento.. Há as luzes do jardim dando cor e luz aos espaços que me rodeiam..

Preocupado comigo próprio, tento desabafar na escrita.. O vazio que tenho em mim. Não sei o que é.. Passado mal explicado, personalidade obscura, ou algo que faz de mim a pessoa que sou.

Não sei o que aconteceu em mim pra me tornar assim.. Boa pessoa, cheio de energia, tentando animar quem quer que seja.. Isto tudo quando tenho bons amigos perto de mim.. Mas quando estou sozinho, sinto-me triste, desorientado, sem saber o que fazer...

Tentando o Inicio de Algo

Vagueando na noite sentado num banco de um autocarro.. olho para o horizonte negro da noite fria de Setembro e tento perceber como será a minha vida...

Sinto alto dentro de mim e nem sei o que é.. Com tanto ardor e sofrimento que já passei, tento ser sempre o mais divertido para os outros, sorrindo, animando.. mas sem que eu consiga realmente ser feliz..

A vida levou a ser assim, as minhas opções assim fizeram juras ao meu futuro.. não o posso alterar, apenas vaguear nas noites que vem, tentando ser melhor que sou

Inicio de algo que não sei se tem fim

Por aqui começo a escrever o que eu tenho noção da vida que levo.. vaguear no escuro, sem saber o que fazer, com quem fazer, onde o fazer..

Por isso nunca serei de programar a longo termo, faço quando quero, sozinho ou acompanhado.. mas não penso nisso mais.. deixei-me levar pela minha solidão... o meu obscuro agora toma de mim.. 

Ao som dos meus próprios passos sigo o meu rumo.. pra onde for, sei que sou feliz assim.

Muitos não o acham.. mas isso a mim não me diz nada. 

Já são os anos de experiência que levo sobre o tema solidão, não falo do termo solidão de ser anti-social, mas sim da vida que eu levo.

Dormir pouco, vaguear pra onde não conheço, passar o meu tempo fora de casa, fora da zona que vivo.. Tentando descobrir o que melhorar na minha vida..

Ao som das ondas do mar, eu descanso a mente de um dia stressante de trabalho, sem saber nem querer saber a que horas chego a casa. Basta ter algo que meu ocupe, seja um maço de cigarros, o telemovel com as minhas musicas favoritas... Gosto de ser assim. Sozinho.. Aprendi a sê-lo. Nunca ninguém me poderá apontar o dedo porque eu próprio digo que sou assim.